No dia 4 de fevereiro tive a honra de organizar a minha primeira feira de antiguidades. A morada era exclusiva e só concedida em privado. Toda este secretismo tinha uma causa bastante válida… a feira realizou-se no meu quintal. Com portões destrancados e braços abertos, recebi cada uma de vocês que ia chegando. Não consigo pôr em palavras a felicidade que senti naquela tarde, mas quem veio viu-a com toda a certeza.

Havia louça, almofadas, roupa, música, livros, decoração, bolachas, música e, tinham-me a mim, a palhaça de serviço. Uma feirante nata que nasceu para realizar todos os seus sonhos. Os preços eram tão simpáticos (mas eu era mais), que ninguém saiu de mãos a abanar.

Vieram pessoas de Lisboa, Leiria, Coimbra, Abrantes, Vila Franca de Xira… Ninguém entrou, comprou e saiu. Houve mesmo um espaço seguro para conversas sobre a vida, sobre diferentes temas, risos, abraços e novas amizades. Tivemos rock como música de fundo e bolachas em forma de coração e néctar de pêssego a acompanhar.

Desde muito nova que sempre tive um enorme fascínio por tudo o que conta uma história. Não gosto de tralha, gosto de antiguidades. Gosto de peças que nos remontam a tempos idos, a outras décadas e até mesmo outros séculos.

Organizar e concretizar esta feira foi um privilégio, uma aventura, um sonho e um prazer.

Mal posso esperar por uma edição de primavera!! Obrigada a todas as que vieram. No dia 4 de fevereiro voltei a ser criança. A felicidade era tanta que só é comparável à inocência de quando somos crianças e só existe aquela consciência tão vívida do momento. Mil vénias aos fazedores de sonhos. E que a vida seja sempre alimentada por estas quimeras da jovem que vive confinada à existência mortal de um corpo humano.

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