Hoje falamos de skincare, com o meu octogésimo, ai, quadragésimo aniversário, muitas foram as mensagens referentes à minha pele de bebé e qual o segredo da mesma. Não sei se a palavra correcta a aplicar aqui será segredo, talvez mais…receita?
Sejamos honestas, eu não tenho pele de bebé; tenho uma ótima pele (bato 3 vezes na madeira), mas não de bebé. Tenho uma pele adulta ainda isenta de rugas e bastante uniforme e sem manchas.
Posso começar por afirmar que, com toda a certeza, eu sou das pessoas, neste grupo de leitoras, que mais skincare teve desde que nasceu. Pele atópica, eczema, pele reactiva, sensível, muito clara, cabelo ruivo. Desde pequenina, os cremes e as loções acompanharam-me e cresceram comigo. Lembro-me de ser imensamente nova e ter o meu gel de banho ultra especial “próprio para a tua pele, filha” como me dizia a minha mãe.
Com isto, com esta verdade tão evidente e incontestável, sempre tive imenso cuidado com toda a pele do corpo, não só da cara, mas também do corpo. Não me lembro de ter ouvido um elogio de bronzeado antes dos 23 anos de idade ou talvez até mais tarde. Nunca me bronzeei na vida devido ao excesso de proteção que tive. Factor 50 da cabeça aos pés, t-shirt nos primeiros dias de praia, chapéu, todo o kit “a nórdica tuga vai à praia”.
Acho inevitável falar-vos disto. Porque nós somos o acumular das nossas vivências. E uma pele que foi seguida atentamente durante toda a sua existência faz, de facto, muita diferença.
Mas não podemos andar para trás, ralhar com os nossos pais, ralhar com o nosso eu de 17 anos e solucionar tudo. Podemos, agora, começar a ter atenção a tudo o que não devemos fazer, tudo o que faz mal à pele e que devemos evitar a todo o custo.
Começo pelo sol. Maldito sol, por que és tu tão tentador? Vejo-me hoje, na vida adulta, a estar horas a tentar ficar com aquele JLO glow. Contudo, a cara sempre com factor 50 e camisola a tapar. A minha cara é sagrada, eclesiástica e digna de um ritual jamais quebrado. Mas sim, apanho sol e isto é a única coisa má que faço à minha pele na vida adulta. Não fumo, não bebo (um rosé aqui e ali), mas compenso a triplicar com água e, por último, nunca, nunca me deitei sem me desmaquilhar.
Entra aqui outro ponto: a noite. A rotina nocturna da pele é a mais importante. É de noite que a regeneração das nossas células atingem o seu auge e é de noite que a mesma também dorme e descansa como nós.
Sem mais demoras, deixo-vos então a minha rotina diária e nocturna do meu cuidado de pele do rosto.
De manhã lavo a cara apenas com água. Como a minha pele não é oleosa, aproveito o próprio óleo da mesma. Isto parece estranho, mas vou tentar explicar melhor; aproveito a própria (que comigo é pouca) oleosidade que a pele produz durante a noite e, juntamente com água morna massajo bem a pele. Depois passo por água fria e aplico somente um bom hidratante, que a marca vai sempre variando entre Uriage, Nuxe e Bioderma, entre outras.
De noite, limpo o rosto com água micelar Sensibio da Bioderma (apenas e sempre esta desde 2008) e, de seguida, lavo-a com um gel suave, de momento (um momento de quase 6 anos) uso o Cleanance Hydra da Avène. Depois aplico um tónico, depois um sérum e depois um creme hidratante. No fim, aplico 2 gotas de óleo no rosto todo. Sou obcecada pelo PAI, um óleo de rosa selvagem perfeito para … TUDO! Regenera, hidrata, suaviza, acalma. Quem tem um PAI tem tudo (e, infelizmente, esta piada não é minha, mas de uma menina que eu conheço, que mo disse enquanto lhe desabafava o quanto amava este óleo).
Por fim, e não menos importante, a pele do corpo nunca é deixada para trás. Nunca tomei um banho na vida sem aplicar loção de seguida, nunca! Só de o imaginar, a minha pele recolhe-se e grita. De momento (outro momento com largos anos) uso o Huile Prodigieuse da Nuxe, o meu óleo seco de eleição.
Voilà, os meu segredos, a minha receita, a minha fórmula! Amo cuidar de mim. Faz-me lembrar aquele anúncio nos 90’s; se eu não gostar de mim, quem gostará? É isto, mas troco o verbo para o verbo cuidar:
Se eu não cuidar de mim, quem cuidará?