O apartamento de Tomar

Esta house tour demorou mas chegou. Mudei para um apartamento relativamente mais pequeno que o meu de Lisboa. Neste, não tenho um walk-in closet, mas tenho uma mezzanine, um frigorífico Smeg e uma varanda. Se me perguntarem, cada coisa tem o seu tempo e as minhas prioridades mudaram. Hoje, não teria um quarto para toda a minha roupa, mas sim um escritório/estúdio fotográfico nessa divisão.
Metade dos meus móveis/livros/roupa de Inverno estão guardados na casa de campo. Este apartamento tem só o essencial para o tempo que aqui irei viver. Esse tempo é, precisamente, um ano. Após esse tempo, a minha casa final estará concluída e, todos os meus pertences lá viverão comigo.
Assim, neste apartamento em Tomar, decidi criar um ninho acolhedor recheado das coisas que me definem, que me completam e são uma extensão de mim.
O nosso gosto não se reflecte apenas na maneira como nos vestimos. Este aplica-se e alonga-se na música que ouvimos, nos livros que lemos, nos pequenos pormenores. E é aí que foco o elemento principal quando estou a decorar: Os pormenores.
Que coisas gosto eu, quais os sítios que mais visitei, as lembranças desses lugares, os meus músicos preferidos e por aí adiante. Peguei nisto e criei o meu ninho. Enchi-o de pequenos tesouros que me alegram os olhos. Sendo eu uma pessoa extremamente caseira, a decoração do meu lar é uma prioridade absoluta.

Como decorei eu esta casa aproveitando móveis da casa de Lisboa mas tornando-os diferentes e com uma nova vibe?

Primeiro, mal percebi que a cozinha tinha um espaço tão aberto, soube que a mesa e as cadeiras da La Redoute seriam o foco da divisão. Parti assim do azul das cadeiras e comprei um tapete nestes tons. Sendo a zona de comer o mesmo espaço da cozinha e da entrada, comprei um móvel onde pus não só electrodomésticos mas também arte e decoração. Acrescentei o meu espelho e, com algumas (poucas) plantas e alguma arte nas paredes fiz da cozinha o meu canto preferido da casa. Escolhi posters, fotografias e telas para dar vida às paredes. Com estes diferentes materiais, e diferentes referências, estas paredes e recantos gritam a minha essência sem quaisquer limites. Las Vegas, Bob Dylan, David Bowie, Van Gogh, Klimt and so on.

Não só na zona da cozinha me aventurei a mudar, mas também no quarto de dormir. Partindo do mesmo ponto de decoração do meu quarto em Lisboa: A cama, decidi não dar evidência ao branco mas sim tornar esta divisão um refúgio tropical, como se estivesse numa cabana numa qualquer ilha tropical, com um móvel em rotim, uma colcha de linho com padrão exótico, um cacto e luzes na parede a simular as estrelas no céu, o quarto mudou completamente e nada faz lembrar a zona de dormir da minha cidade natal.

Estou completamente rendida a este meu novo cantinho. A parte de cima é a sala. É pequenina e difícil de fotografar, por isso, aparece pouco aqui. Já a viram certamente muitas vezes pelos stories. Deixo-vos com algumas imagens da minha nova casa. Hope you love it! x