Este mundo onde me encontro, muitas vezes me apresenta a questão: O que importa realmente? É fácil, muito fácil, atingir uma saturação de informação e comunicação apenas porque, talvez, tenha nascido noutra época. A ideia de, um dia, a internet desaparecer e não haver mais Instagram, Youtube, Facebook, Twitter, deixa-me com outra questão: O que seria de mais de metade da juventude que vive “disto”, o que seria, realmente, as suas vidas? O que seria dos Influencers Digitais? O que fariam, e mais, o que teriam? De que é feita a sua alma, que sonhos carregam fora do mundo digital? Que sonhos têm, que não incluam, em nada, a vida digital?

Se a casa ardesse, se a Internet desaparecesse, se tudo o que temos hoje já não o fosse mais amanhã, apenas nos restaria a nossa mente, a nossa saúde, a nossa família e os nossos amigos.

Todos os dias o digo, não, não sou Influencer. Sou uma mulher que partilha as suas paixões, e na internet, partilho coisas bonitas, porque é importante termos coisas bonitas.É importante e sinto que faz parte do meu papel de ser mulher, partilhar com outras mulheres coisas que, diariamente, uso como escudo e com amor. É na partilha que me foco e é na partilha que me vou focar sempre.

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Estas fotos; Têm todas tons diferentes porque todas foram tiradas com filtros diferentes. Usámos copos de vidro da minha avó paterna. Uns roxos, outros verdes, outros laranja… É que antes das Apps, a única opção era usar o cérebro, usar a mente e criar. Antes da Apps, a vida era mais lenta, os dias eram mais longos e os jardins eram mais bonitos.

Tudo podia ser melhor. Na verdade, tudo hoje é mais fácil. Mas tudo é mais descartável e o descartável “isn’t my cup of tea”.

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Fotografia Diana Serpins