Já temos tantos dissabores no dia a dia, tanta coisa que nos baixa a moral e a auto estima, para quê agarrarmo-nos a peças de roupa que não nos trazem boas emoções?! Para quê usar uma peça que não gostamos muito quando podemos, e devemos, usar apenas peças que amamos infinitamente.
Muitas vezes dei comigo a pensar “pode-me ainda vir a servir, se perder mais 2kg”, “não usei o Inverno passado porque…” Nevermind, as desculpas que eu já consegui inventar para justificar o não usar uma roupa há mais de 4 anos são incrivelmente sick. E, talvez, por eu também o ser, as vezes que me desfaço de roupa é muito mais frequente do que o suposto “normal”. Literalmente todos as semanas há algo que ponho de lado. Literalmente. E penso, eram as minhas compras assim tão frívolas e sem propósito? Como não tenho eu qualquer tipo de ligação com aqueles artigos?
A resposta demorou mas chegou. Eu fiz 35 e algo em mim mudou. Por exemplo, já não me sinto confortável com as nádegas expostas, nem parte delas, em nenhuma situação pública, incluindo praia e piscina. Já prefiro uma túnica sobre o biquíni, um vestido de tecido leve ou apenas algo que me faça sentir mais confortável. Tenho a admitir que sempre fui muito dada a exprimir-me com a roupa e a marimbar-me para o que A, B ou C fossem pensar. O que realmente me interessa, e sempre me interessou, é a minha própria opinião, o meu julgamento final.
Com uma quantidade ridícula de roupa a sair do closet, este ano, vi-me com menos um charriot e imenso espaço para novas peças! De certo modo, é um fresh start, quase que poderia começar a construir de raiz um novo roupeiro. Mais adulto, mais sólido e sem rodeios infantis e non sense de peças que parecem caídas do nada. Contudo, só me “livrei” de talvez 30%, os outros 70% ainda cá estão e nós ainda não fizemos as pazes. Não fizemos de todo. E sempre que entro lá penso “algo precisa de mudar”. E algo vai mesmo mudar.
Partilho com vocês o que tenho pensado, anotado e feito, para o meu closet ser aquilo que eu espero dele, a damn bloody gate to Heaven.
1. Número um de todos os números 1. Só tenho comprado cores sólidas ,muitos básicos e ganga. Queremos sempre comprar peças mais trendy e que nos façam sentir super in, mas a verdade é que no ano seguinte vamos apenas ter um wardrobe cheio de tendências so last year! Por isso, se gosto muito de uma trend, tento não comprar mais de 3 da mesma.
2. Blazers, biker jackets, mom jeans e saias são sempre bons investimentos, são sempre cool e nunca saem de moda.
3. Se pensar muito se ainda quero ou não uma peça, opto sempre por não ficar com ela.
4. Das roupas que opto por não ficar, uma parte vendo, outra parte dou. As roupas que vendo são dinheiro justo para gastar em novas peças. 4 peças antigas são sinónimo de uma peça nova.
5. Qualidade sempre acima de quantidade. Prefiro comprar apenas 5 malhas este Inverno e adiciona-las ao meu roupeiro, que comprar 15, muito mais baratas, mas que não são de longe aquilo que preciso ou procuro quando quero comprar uma nova peça.
6. Se tiver muitas dúvidas no momento da compra, desisto de a comprar.
7. Prefiro comprar online sempre, sinto que na loja me disperso e não sou tão racional.
8. No que toca a acessórios, less is more e ou são vintage, ou têm qualidade ou então “sorry, no can do”
9. É sempre bom ter um tema ou uma lógica na arrumação, quer seja por estilo de peça, cor, mood.
10. Se um certo revivalismo está na moda e eu estou mesmo super into it, prefiro procurar artigos vintage e autênticos em vez de comprar imitações quase carnavalescas.
11. Animal prints nunca nos deixam ficar mal e são quase sempre a resposta para tornar um look mais sexy e cool, por isso… Go for it!
12. Por fim, e muito importante, não comprar nada só porque está na moda. Já falei disso AQUI e repito sempre que for necessário, a roupa é a nossa segunda pele, por isso, só faz sentidos usarmos a que fala de nós e por nós.