Hoje é dia de falarmos da Carrie Bradshaw, a mítica e eterna personagem da série Sex and the City que nos deixou a todas, comuns mortais, a desejar ser e viver na sua pele. A Carrie tinha o closet de sonho, as amigas perfeitas, uma carreira tão tão cool que nem tinha horários e, o mais importante (cof cof), muitos Manolos. A Carrie simbolizava independência, moda e atitude. Escrevia sobre sexo e relações, gastava o ordenado todo em sapatos, porque podia, e era completamente vanguardista e sonhadora. Era impossível não me identificar com ela, não ficar do lado dela, não sofrer e chorar com a mesma. Nos típicos quizz “que personagem do Sex and the City és tu” obviamente, sem alguma questão eu era a Carrie!! Mas hoje, com a idade da personagem, vejo que não. Lembram-se do seu épico 35º aniversário em que todos faltaram, e a Carrie vê-se sozinha no restaurante à espera, em desespero, até desistir e voltar para casa? Já nessa altura a Carrie fazia birras. Era a única sem telemóvel, e como tal, incontactável. Mas não é esta a questão que me move, ser mais ou menos fléxivel à tecnologia… Em questão está que ela fazia birras por tudo, e o pobre do Big, que eu tantas vezes amaldiçoei, acaba por ter mérito e razão em muitas situações e fases da relação. Por exemplo, que mulher iria ter um affair com o Big já casado, tendo em casa todo um Aiden doce, hot hot hot e digno de catálogo. Que mulher faria BIRRA porque o seu namorado, o Aiden, lhe comprava um novo computador por ter avariado o antigo? São tantas as situações ao longo das 6 temporadas que me levam a pensar “eu nunca, jamais agiria assim” e é super interessante andar atrás no tempo e verificar que antigos ícones se tornaram absoleto. Óbvio que nunca vou deixar de encontrar na Carrie uma absoluta referência em moda e inspiração, mas a nível de comportamento e maturidade, sei que eu hoje, com a mesma idade da personagem, nunca faria as escolhas que a Carrie fez.
Claro que depois, no primeiro filme, o Big foi um anormal de toda a dimensão ao deixar a Carrie pendurada no altar. Mas mesmo aí, a empatia pelo Big é constante e quase temos vontade de o motivar. Não me odeiem, eu escrevo isto mas adoro a Carrie! Apenas acho que a personagem é muito imatura e exageradamente egocêntrica. Vejo uma evolução nas personagens da Miranda e da Samantha que não vejo, em altura alguma, na Carrie.
Com 35 anos reencontro-me mais na personagem da Samantha com um toque de Charlotte York. Porque apesar de remetermos a Samantha logo à sexualidade, ela sim é a verdadeira personificação de independência e feminismo. Decidida, coerente e amiga do seu amigo, a Samantha é a minha nova Carrie.
O tópico não é novo, mas foi motivo de conversa entre amigas este fim de semana. A série é contudo, a minha número 1 em inspiração e está no meu top 5 de séries preferidas de todo o sempre!