Sempre que uma banda se reúne, é motivo para se festejar, mesmo que essa banda não nos diga nada em específico. É bom saber que há quem “don’t look back in anger” e faça as pazes, seja por que motivo for.
Nunca imaginei que a união dos irmãos Gallagher fosse uma possibilidade. Os eternos rebeldes de costas viradas e fazedores de sonhos. É como viver numa casa onde as portas que foram fechadas se podem ir (lentamente) abrindo para um bálsamo da juventude. A reunião dos Oasis é tudo isto e muito mais, é uma alegoria para a história da minha vida.
Estão separados desde o ano em que comecei o blogue; 2009. E no ano em que mais ponderei deixar o digital de vez, eles voltam. E não está a ser um voltar como quem foi ali fazer uma pausa e “ah e tal, sinto-me preparado”. É um regresso com garra e sem complicações. Voltaram, e não há nada mais a questionar.
O mundo está unido nesta celebração. Todas as plataformas estão repletas de reels, memes e encarnações do Liam Gallagher em frente a um smartphone. E isto é muito importante neste enquadramento, porque os Oasis existiram numa era completamente pré-redes sociais.
Os Oasis são toda a zona de conforto de quem nostalgia (incessantemente) com uma vida antes da viralidade digital. Oasis e social media não estavam de mãos dadas, mas agora estão e estamos a viver a História pura do mundo do rock.
Não sou apologista de defender os fanáticos de que se não estavas sequer ainda vivo no seu auge é impossível viveres este retorno. Não só é possível, como recomendável. A música é união, une almas que falam Línguas diferentes, têm orientações políticas diferentes e são, ou não, devotas. A música torna-se tudo isso e nada mais importa. É este o poder de uma grande canção. De tão grande ser, torna-se um hino, e se os Oasis estão repletos deles!!
Todo este texto para vos dizer que estou muito feliz. É uma altura maravilhosa para se estar vivo. Tão, tão maravilhosa que ouvir a Live Forever nunca fez tanto sentido. Num mundo onde os Oasis existem eu não só quero viver nele, como ser plena, livre e 100% adolescente. O coração guia-me e eu deixo.