Ainda não vos apresentei, aqui no blog, a nossa nova colaboradora. Apresento-vos a Francisca! Temos uma nova fotógrafa a bordo e eu não poderia estar mais feliz! Não só falamos a mesma Língua física como espiritual e, creio com toda a minha fé, que é uma parceira de trabalho que, mais uma vez, se tornará numa amiga, tal como aconteceu com a Diana Serpins e a Magg Page.

Introduções feitas, seguimos para o post de hoje, onde, estou dos pés à cabeça vestida para o Outono. É verdade, tive um bocadinho de calor, mas… Who cares? A vida fica mais fácil com a roupa certa, os dias são mais bonitos com a roupa certa e, no limite, somos melhores para nós e para os outros com a roupa certa.

Mas o que é isto da “roupa certa”? Para mim, é aquela com que nos sentimos nós próprios, que faz ressonância com a nossa essência e comunica, apenas num vislumbre, ao mundo aquilo que somos.
Nos dias de hoje, é incrivelmente mais fácil ter um guarda-roupa cheio e a abarrotar do que um pequeno e eficiente. E porque acontece isto? Muitas são as tentações e manobras que as redes sociais nos implementam no inconsciente. Damos connosco a comprar peças apenas porque estão em promoção. Compramos e achamos, sentimos mesmo, que estamos a poupar dinheiro. Mas, estaremos realmente a poupar? É que a maior parte destas compras são feitas porque achamos as peças bonitas. Bonitas e com desconto. Contudo, como em tudo na vida, não podemos, nem devemos ter tudo o que achamos “bonito”. O que seria se, sem limites orçamentais, se adquirisse tudo o que se gosta? Mesmo num cenário mais real, isto acontece. Compramos em demasia e, muitas vezes, apenas porque gostamos. Acabamos então com um closet repleto de peças únicas, sem forma ou mood para as coordenar e impossíveis de alternar com outras peças já existentes.

Dito isto, tenho feito um esforço (real) para não comprar mais uma camisola com um padrão específico entre outros exemplos. Todas as minhas últimas compras não são somente básicos, porque de “básicos” não têm nada. São artigos que posso usar com diferentes peças de roupa, estilos, disposição e sempre dentro do meu gosto pessoal.
Sou uma mulher diferente e muito mais rápida a escolher um coordenado.

As minhas últimas compras 3 compras foram um cardigan cor marfim, um bom quilted coat ambos & Other Stories e umas botas Jonak. Gastei nestas 3 peças um valor acima da minha renda. Estupidez? Eu chamo-lhe organização. Criei uma loja no Instagram para vender muita da minha roupa que, pelas razões em cima mencionadas, não uso. Com esse dinheiro, fiz uma lista de 5 coisas que realmente precisava no meu closet.
A primeira peça não havia dúvida alguma, um agasalho preto!! Tenho-os de todas as cores, mas incrivelmente não tinha nenhum em preto. Corri imensos sites, apontei as minhas escolhas preferidas e ganhou um “kispo” longo, com cinto, estruturado da & Other Stories. Se podia ter comprado um pelo terço do preço? Sim. Mas este não é para ser um casaco para 1 ou 2 Invernos. Tenciono mantê-lo até, se necessário, for preciso comprar outro para o substituir. O mesmo, claro, se aplica ao cardigan e às botas. É uma questão de reciclar. Vendi para comprar. Procurei, ponderei e escolhi com a razão. O meu closet caminha para o meu guarda-roupa de sonho a passos largos e, cada vez mais gosto disto de não abrir uma gaveta e me sentir perdida. Sei exactamente o que tenho e o que quero vestir. E isto poupa-me tempo e dá-me pica. Pica para me arranjar e brincar às bonecas na vida real. Porque o mundo vive uma pandemia, mas, baixar os braços e arrastar-me em joggings o dia todo não faz fit com o meu ser.

Camisa Oversize Zara/ Colete e Botas Mango/ Óculos Gucci
Carteira New Wave Louis Vuitton

Photos Francisca Larawan/ Edit Hella