4 noites, 3 dias inteiros, uma manhã. Pensei ser o suficiente para uma terceira ida à cidade onde já havia sentido tudo o que há para se sentir, tanto de bom, como de mau. Ofereci a viagem ao meu namorado no Natal, mas se fosse adivinha, bruxa ou vidente, teria marcado mais tempo e em outro tempo. A companhia é sempre boa, e com isso, nada de mau vem, mas o tempo foi muito duro e entre chuva constante e o céu negro, poucas era as horas com alguma luz durante o dia e pouquíssima foi a minha vontade de passear completamente encharcada. Parece que só me queixo, mas não vive em mim a mentira, gosto de ser fiel à minha essência e tudo o que sinto é o que escrevo e como tal, foi com grande tristeza que me despedi de Berlim. E foi com tristeza porque foi no dia da partida que o céu ficou limpo. E não fiquei revoltada por mim, mas pelo meu namorado, por não ter conseguido proporcionar-lhe A viagem, por não termos conseguido fazer metade do que queríamos e por ter sido parva e não ter agendado mais dias.
Lamúrias à parte, Berlim é sempre Berlim. Onde a tecnologia, a arquitectura e a cultura se fundem entre séculos, movimentos e pessoas. Onde a história é tão palpável como a velocidade que caminhamos para o futuro.
Como vos expliquei, a chuva foi mesmo muita, era impossível fotografar. No primeiro dia inteiro, o Domingo, tudo estava fechado. Tudo, desde a mais pequena à maior loja, desde o mais pequeno ao maior supermercado. O dia foi passado em museus, alguns restaurantes e alguma confusão com o silêncio e a ausência de vida a um Domingo numa capital. Perdi-me também com algumas sugestões que vos fui pedindo no Instagram e dei comigo a ir a sítios e a fazer coisas que me causaram alguma ansiedade e mal estar. O bairro de Kreuzberg continua a ser uma incógnita para mim. Não percebo como tanta, tanta gente me recomendou o bairro onde sinto que desperdicei uma tarde inteira. Se fui aos sítios errados e estou a escrever a maior barbaridade? Pois é bem provável. Mas do que vi, onde caminhei e o que visitei em Kreuzberg não aconselho a ninguém. Berlim Ocidental teve muito mais encanto para mim. Se na minha última ida em 2017 me tinha rendido à parte mais Oriental, desta vez aconteceu o oposto.
Muitas me pediram para fazer um post com dicas, muitas me disseram “vou aí este ano, faz um post com os sítios a não perder”. É difícil fazer um post só mencionando esta minha última ida. A minha lista será baseada no resumo das minhas 3 idas a Berlim, 2011, 2017, 2020.

Impossível perder a East Side Gallery, onde podemos ver uma parte do muro de Berlim. Esta é, sem dúvida, a número um da minha lista. De seguida, o Portão de Brandemburgo, o Memorial do Holocausto, o Museu Judaico, o Museu de História Natural e a Catedral de Berlim. Para compras, a baixa de Mitte, com imensas lojas cool, e toda a zona do Ku’damm repleto de lojas lindas começando com Chanel e acabando com a & Other Stories, a Urban Outfitters e o Bikini Berlim, um shopping cheio de pinta e com lojas super swag game strong. A internet está cheia de dicas e pontos turísticos e eu não sou a melhor para esse papel. Mas se é para falar bem, falo, e muito. A rede de transportes públicos é excelente. Sem nada a apontar, metro, comboio, elétrico, tudo nos liga a tudo com uma precisão e eficiência definitivamente German!

Berlim está repleta de lojas maravilhosas, por isso, save that coin!! A cidade é barata e os preços são muito parecidos com os nossos. Desta vez senti que muita gente já falava inglês, principalmente a população mais jovem, a comunicação foi fácil e achei Berlim mesmo muito simpática. (Isto já não sei se é por ir demasiadas vezes a Paris e lá serem mesmo trombudos, ou se porque de facto, os Berliners são top top. Fica a dúvida e o, também, agradecimento. Senti-me mesmo bem recebida)

Deixo-vos com as poucas fotos que consegui tirar, entre chuva, 7kg de roupa e as mãos geladas, deixei Berlim com vontade de lá voltar em breve, numa Primavera bem perto e com luz. Até à próxima querida Berlin! 

A vista do terraço do nosso hotel que deve ser um bar super giro no Verão!

No Muro de Berlim, a repetir o mesmo graffiti de 2011

No Museu de História Natural

Roupas nas fotos:
Casaco H&M (2017), Cachecol ACNE Studios, Boné, Chapéu e Bum Bag Benetton
Calças bombazine Topshop, Calças de ganga Levi’s
Cardigan de lã Bimba y Lola, Ténis Diadora 2019 (similares aqui)